sábado, 16 de outubro de 2010
SER
"Primeiro o Reino de Deus, e o resto virá por acréscimo."
Para solução de seus problemas, as pessoas comuns contam com recursos (dinheiro, prestígio, posição social...) que lhes são externos.
Em alguns casos, o que elas possuem ou conseguem fazer oferece algum alívio e mesmo alguma vitória. E assim passam a confiar mais no que têm e no que realizam.
Nem sempre, porém, a solução está ao alcance de tais recursos processos materiais.
Os problemas maiores reclamam a vitória decisiva e total, e esta vitória não se alcança com o ter e o fazer, mas somente com o SER.
Deus investe em você, página 143
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Pacificação
Quer acabar com a violência? Pois comece em você mesmo.
Reduza as ambições.
Controle seus ódios.
Apague seus ressentimentos.
Cultive honestidade.
Fale a verdade.
Faça o maior bem que puder.
Apague as lágrimas dos que choram.
Ampare os que estão sofrendo.
Perdoe aqueles que, por ignorância e inferioridade, o feriram.
Reduza suas tensões.
Alegre-se com a felicidade dos outros.
Pense no bem dos outros antes de pensar no seu.
Que meu coração em Paz propicie Paz a todos.
Deus investe em você, página 86.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Esquecemos da Raíz?
Disse a flor:
Como são os tolos os homens!
A mim fazem versos e cantam louvores. Mas, sem teu mergulho no fundo escuro do humo, existiria eu, para recolher orvalho, para inspirar amantes, enfeitar a meditação dos místicos, e oferecer nutrição às abelhas?!
Desculpa irmã raíz.
Mas não sou culpada.
É a cegueira dos homens que me faz usurpar teus méritos.
Mergulho na Paz, 132.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Silêncio
quarta-feira, 23 de junho de 2010
ZERA-TE
terça-feira, 15 de junho de 2010
Mahavakyas
A Vedanta é a escola filosófica que se baseia nas partes conclusivas dos Vedas. Anta significa final. A parte final dos Vedas também é denominada Uppanishads e constitui o cume da sabedoria humana. Os mestres vedantinos afirmam que nada há fora de Deus, nada existe que não seja Deus. Essa verdade monista (ou não-dualista) é sintetizada e ensinada em mahavakyas (maha, grandes; vakyas, afirmações). Eis alguns:
* TAT TVAM ASI - Tu és "Aquilo" (o ser Supremo, Brahman)
* AHAM BRAHMASMI - Eu sou Brahman
* AYAM ATMA BRAHMA - Este ser é Brahman
* HAMSA SOHAM HAMSA SOHAM - Eu sou Ele. Ele é eu. Eu sou Ele. Ele é eu.
* ANANDOHAM - Eu sou a Bem-aventurança
Os que recusam aceitar que o Reino de Deus está dentro e não fora, naturalmente rejeitarão tais Mahavakyas como heresias. E condenarão como herege alguém, que não Jesus que afirma "eu sou Deus". Para tais julgadores, os mahavakyas todos são absurdos e ofensivos ao Senhor. Dualistas ortodoxos e irredutíveis, batem o pé... e batem os carimbos: "PECADO!" e "FANATISMO!".
Se tais pessoas estudassem a fundo o teólogo padre Raimundo Panikkar, perderiam o medo à palavra panteísmo e entenderiam que "pecado original" é ignorar a Verdade e agarrar-se a ilusão. Sai Baba muitas vezes tem dito que a pedra não é Deus, mas Deus é (também)a pedra, mesmo que Ele seja a essência única de que tudo existe, incluindo a pedra.
Deus é a substância única, imanente e subjacente em tudo e em todos, pois sem uma essência, sem uma substância, nada existe. Você conhece alguma onda sem mar? Deus é essência e substrato, no entanto não esgota seu Infinito Ser apenas na imanência. Deus é também eterna transcendência.
Mais na página 134 de "O que é YOGA".
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Aquele que ensina...
sábado, 1 de maio de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
Amorterapia
Tenho uma enorme pena do ignorante que diz: "Amor coisa nenhuma; estou afim de gozar, ganhar, curtir, esbaldar..."
Que terrível doença que é a ignorância! É doença mesmo, e infelizmente transmissível.
"Amor coisa nenhuma..." Quem assim fala, além de doente, um sofredor, um imaturo, e, embora não pareça, um débil. Quem é assim terá de sofrer muito para poder aprender; inevitavelmente atingirá o fundo do poço... E é exatamente este desmoronar que o fará despertar, e só assim poderá ver o quanto é urgente tratar-se.
E aí, a terapia mais eficiente, aliás, a única, é aprender a amar.
Que terrível doença que é a ignorância! É doença mesmo, e infelizmente transmissível.
"Amor coisa nenhuma..." Quem assim fala, além de doente, um sofredor, um imaturo, e, embora não pareça, um débil. Quem é assim terá de sofrer muito para poder aprender; inevitavelmente atingirá o fundo do poço... E é exatamente este desmoronar que o fará despertar, e só assim poderá ver o quanto é urgente tratar-se.
E aí, a terapia mais eficiente, aliás, a única, é aprender a amar.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Ilusão
Não se deixe encantar pelas aparências.
Cultive o sentido da pesquisa da verdade.
Quem é mais feliz: um administrador corrupto, nadando em dinheiro, fuçando o impuro prazer que o dinheiro compra, ou o homem sábio que, em sua humildade, firme na rocha de sua fé, tendo alcançado o tesouro da renúncia, no silêncio e na solidão, sem precisar de nada nem ninguém, se entrega à delícia suprema de encontrar-se copm o Verdadeiro Deus, que mora em seu coração?
Não se deixe iludir.
Cultive o sentido da pesquisa da verdade.
Quem é mais feliz: um administrador corrupto, nadando em dinheiro, fuçando o impuro prazer que o dinheiro compra, ou o homem sábio que, em sua humildade, firme na rocha de sua fé, tendo alcançado o tesouro da renúncia, no silêncio e na solidão, sem precisar de nada nem ninguém, se entrega à delícia suprema de encontrar-se copm o Verdadeiro Deus, que mora em seu coração?
Não se deixe iludir.
Ajuda-me, Senhor, a avançar pelo caminho difícil que conduz a Teu Reino.
Texto: Deus investe em Você, página 72.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Prece Franciscana sobre Autoperfeição com Hatha Yoga
No dia de lançamento da 50a. edição de Autoperfeição com Hatha Yoga, em fevereiro de 2009, era eu uma das pessoas que iria apresentar-se para falar da importância daquele acontecimento. Para não ficar apenas nos elogios ao Professor Hermógenes e seu livro, que também os fiz, rezamos todos juntos a Oração de São Francisco de Assis, e na sequencia apresentei esta adaptação para aquele momento. O impacto foi positivo, muitos pediram a prece, que deixo aqui abaixo disponível.
Vitor Caruso Jr.
Senhor, obrigado por fazer deste livro um instrumento de vossa Paz.
Que mediante tanto ódio, Autoperfeição continue a mostrar amor.
Que na ofensa, o Yoga nos auxilie o exercício do perdão.
Se discórdia surgir, que o yoga expresse seu sentido de união.
Na dúvida, que a prática nos mostre o valor da fé.
Em nossos erros, possamos reconhecer a autoperfeição da verdade.
Onde houver desespero, que este livro continue a trazer esperança.
Na tristeza, que a risoterapia possa mostra alegria.
E das travas retirar seus leitores em direção à luz.
Ó Senhor, que através deste trabalho de Hermógenes
continue a nos consolar,
ensinando-nos a compreender,
vivenciar o amar,
e o exercício do perdoar.
Pois é no caminho de Autoperfeição com Hatha Yoga
que se vive aqui e agora, a vida eterna.
domingo, 14 de março de 2010
Imagens que falam mais que palavras
terça-feira, 9 de março de 2010
O Dia do nosso Professor
Uma imensidão azul dentro dos olhos teus.
Lá dentro nos encontramos plenos.
Alunos, filhos, netos emprestados, irmãos, encontros de outras vidas. Eternamente gratos pela tua paixão pelo Ser humano, teus esforços em nos fazer... rir!
Na tua presença nossa paz instantânea; na tua gargalhada, nosso choro de alívio, com aquela lágrima que sai de cantinho, sem avisar, mas que vem com alegria do presente presente!
Teus passos, teus poemas... quanta luz divina. E no teu dia, quem ganha presente somos nós, testemunhas da tua vida que cura, daquele sofrimento que virou festa, lamento que acaba virando aprendizagem, e dor transformada em lapidação. Feliz feliz feliz que somos nós, com um professor como tu.
Te amamos, esse punhado enorme de corações entregues à Deus graças a ti.
Obrigada querido Hermógenes pela tua existência.
terça-feira, 2 de março de 2010
A tradição chega a Curitiba
(Texto extraído do site www.hermogenes.org)
Iniciada em 1962, a Academia Hermógenes do Rio de Janeiro tornou-se excelência mundial para a prática de yoga. Em 2010, a história continua a ser escrita, e Curitiba recebeu a honra de ter o primeiro "Espaço Hermógenes" fora do Rio de Janeiro.
Ler Matéria na íntegra, com fotos do evento em www.hermogenes.org
"Espaço Hermógenes": Local perfeito para um Mergulho na Paz.
Rua Pref. Angelo Lopes, 1805 - Hugo Lange - Curitiba/PR
CEP: 80040-252 (mapa) F. 41-41024108
Ler Matéria na íntegra, com fotos do evento em www.hermogenes.org
"Espaço Hermógenes": Local perfeito para um Mergulho na Paz.
Rua Pref. Angelo Lopes, 1805 - Hugo Lange - Curitiba/PR
CEP: 80040-252 (mapa) F. 41-41024108
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Por Vitor Caruso Jr.
Fotos: Robert Schwenck e Liliane Gomes
BIOGRAFIA DO PROF. HERMÓGENES
CAPÍTULO I – O PONTO DE MUTAÇÃO
curado mesmo!” E continuou a expressar estranheza: “Não era ainda tempo para você ficar bom. O que terá acontecido? Só encontro uma explicação possível. Foi provavelmente o líquido da pleurisia que ajudou a sarar a ferida no pulmão. Não consigo entender de outra maneira”. Este acontecimento reforçou algo que seria uma das características dos estudos e ensinamentos de Hermógenes:
Tranquilize-se em Deus. Entregue-se incondicionalmente a Deus, Deus proverá.
O acontecimento confirmava e reforçava alguns dos estudos de Hermógenes, os estudos feitos durante todo o período de convalescença, os ensinamentos da Bhagavad Gita, as orientações de Yoga de Krishna para Arjuna. Principalmente as orientações ligadas à importância da fé. Este foi o ponto de mutação da vida deste homem, que o transformou de um simples Capitão do Colégio Militar em um ser de fé.
Vitor Caruso Jr. é autor de diversos livros e comanda, em Curitiba, o Ciência Meditativa.
www.cienciameditativa.com
Fotos: Robert Schwenck e Liliane Gomes
Você tem ideia da dificuldade que é escrever algo sobre outra pessoa? Pense nisso... Pense se você tivesse que escrever um livro sobre algum amigo. Detalhes que não podem faltar, boas ações, o que outros amigos acham etc. Viu? Já começa a parecer bastante trabalho, não é? Agora imagine que este seu amigo é poeta, ou seja, alguém com bastante habilidade, criatividade e domínio de um uso rico da língua portuguesa. Opa! A situação fica ainda mais complicada. Continuemos nosso exercício. Imagine que esta pessoa é um dos maiores escritores do Brasil, membro da Academia do Rio Grande do Norte de Letras, e tem entre seus leitores até o mais famoso escritor do País, Paulo Coelho. Imagine que este seu amigo foi também reconhecido como de profundo valor espiritual até por Chico Xavier, o maior médium que a humanidade conheceu, e que sabia de memória textos seus, ou mesmo por Leonardo Boff, um dos mais respeitados teólogos da Igreja, ganhador de um Nobel Alternativo pelos seus trabalhos.
Ainda sendo mais específico, imagine que este seu amigo não tenha na poesia e literatura sua principal área de atuação, mas sim na área da saúde, e que por isso já tenha sido convidado até pelo dr. Dean Ornish, um dos maiores expoentes da medicina preventiva do mundo, para falar em seus seminários. Ainda mais específico? Imagine que entre as possibilidades de trabalho na área da saúde, seu amigo tenha escolhido especializar-se no Yoga, e seu trabalho seja reconhecido entre alguns dos yogis mais famosos que se conhece, como Sivananda, Gopi Krishna ou Dharma Mittra.
Mas confesso a você que tudo isso é pouco perto do que vou contar agora. Pois penso o quanto é difícil escrever sobre uma pessoa que sempre deixa uma marca profunda na vida dos outros. Eu participava de um programa de entrevistas na TV Educativa. Os temas eram a violência urbana e o descontrole emocional. Outro entrevistado, um terapeuta, me chamou a atenção por evitar posições extremas e de confronto. Ao final, presenteei os parceiros de programa com alguns de meus livros. Este terapeuta se aproximou e disse: “Você conhece o Professor Hermógenes?” Respondi que sim, pelos livros. “Que pessoa que ele é, nunca vou me esquecer dele, o quão especial ele foi, é e sempre será. Meu pai foi seu aluno por muitos anos e, certa vez, quando o Professor veio a Curitiba para algumas palestras durante um fim de semana, meu pai faleceu. Hermógenes mandou me chamar, pois estava junto à minha família quando recebi o recado. Fui
até ele. O Professordoou todo o dinheiro arrecadado com as palestras para que eu pagasse as despesas com a morte de meu pai. Nunca vou me esquecer disso.”
até ele. O Professordoou todo o dinheiro arrecadado com as palestras para que eu pagasse as despesas com a morte de meu pai. Nunca vou me esquecer disso.”
Confesso que contive as lágrimas, que depois escorreram. Este é apenas um das centenas de depoimentos que tenho recebido de quem teve contato com o trabalho ou a obra do “Professor”.
A maior parte dos depoimentos refere-se a profundas transformações pessoais, curas e descobertas espirituais. O “Professor” não gosta e não aceita os títulos de mestre ou guru, mas qualquer um que tenha acumulado o número de cartas que recebeu, documentadas em livros como Saúde Plena com Yogaterapia ou Yoga para Nervosos ou Superação, seria facilmente assim
intitulado. Em março de 2010, ele, o “Professor”, completará 89 anos e pretendemos neste mesmo ano publicar o livro que conta a história de sua vida e de sua busca espiritual.
A maior parte dos depoimentos refere-se a profundas transformações pessoais, curas e descobertas espirituais. O “Professor” não gosta e não aceita os títulos de mestre ou guru, mas qualquer um que tenha acumulado o número de cartas que recebeu, documentadas em livros como Saúde Plena com Yogaterapia ou Yoga para Nervosos ou Superação, seria facilmente assim
intitulado. Em março de 2010, ele, o “Professor”, completará 89 anos e pretendemos neste mesmo ano publicar o livro que conta a história de sua vida e de sua busca espiritual.
Em primeiríssima mão, presenteamos você com o primeiro capítulo desta história. Peço que escreva dando a sua opinião. Desde já, agradeço.
BIOGRAFIA DO PROF. HERMÓGENES
CAPÍTULO I – O PONTO DE MUTAÇÃO
Era o ano de 1955, muito diferente dos dias de hoje. A capital do Brasil era o Rio de Janeiro, Brasil que não havia ganho nenhuma Copa do Mundo de Futebol e não tinha ainda nenhum computador pessoal. Um transporte comum na cidade era o bondinho, e uma novidade recente era a TV, em preto e branco. Neste ano, um militar, capitão do exército, já iniciava seus passos como professor. Não tinha uma vida muito fácil. Vendia seguros, ministrava aulas junto com sua esposa, na garagem, em um cursinho para crianças entre 10 e 11 anos, mas principalmente, era professor de Filosofia e História no Colégio Militar do Rio.
Este capitão do exército tinha 35 anosnessa época, casado com Ione Maria, e duas filhas, Ana Lúcia e Ana Cristina. Tinha o apelido de infância de Cazuza, para a família, e Guiné, para a turma da rua, mas seu nome de batismo é José Hermógenes de Andrade Filho. As pressões da vida familiar, da agenda e alguns maus hábitos adquiridos no convívio social, como, por exemplo, fumar, faziam parte de sua rotina. Essas tensões e pressões do cotidiano acabaram por lhe fazer distrair-se de seus próprios cuidados, e não prestar atenção em como seguia com sua vida. Como ele mesmo relata: “Aos 35 anos vime, inesperadamente, tuberculoso. Quando um tardio diagnóstico foi estabelecido, o estrago já era muito grande: os pulmões, na radiografia, pareciam colméias, cheios de furos, e a garganta já com as cordas vocais soldadas – fiquei quase totalmente afônico. A energia e a alegria de viver quase haviam sumido; um desânimo pesado e uma fadiga desmoralizante se acentuavam e me abatia ao final de cada tarde”.
O Dr. Afonso MacDowell, que cuidava do tratamento, não conseguiu esconder sua preocupação, mas ao transmitir seu diagnóstico, se deparou com uma disposição e interesse de seu paciente,
manifestados na expressão: “Vou bater o recorde de cura”. O tratamento consistia em: pneumotórax, quimioterapia, repouso e muita alimentação. Explicando melhor, o até então válido pneumotórax significa a introdução de ar no espaço pleural. A pleura é uma membrana fina que reveste os pulmões e a parede interna da caixa torácica. O pneumotórax era indicado para o nível de comprometimento que o Capitão Hermógenes atingira. O repouso necessário foi possível graças às bênçãos e amizades do Coronel Newton O’Reilly e do Major Cid Pacheco, que assumiram a responsabilidade de cuidar das turmas do Colégio Militar. Foram praticamente três anos de tratamento, em que o tempo era preenchido com leituras, relaxamentos, autoanálises,
reflexões, meditações, autossugestões, preces, vivências espirituais e também muito alimento. O repouso era seriamente vigiado. Uma das lembranças de Ana Lúcia, a filha mais velha, era tentar aproximar-se do papai para abraçá-lo ou brincar, mas sempre era impedida, pois ele precisava descansar de forma mais completa. Então, veio a notícia da necessidade de uma cirurgia para remoção de aderências que dificultavam a aplicação do pneumotórax. Cirurgia no pulmão direito, feita com duas incisões nos intercostais (músculos entre uma costela e outra), onde penetrariam duas sondas, uma para cauterizar, outra para visualizar o trabalho. A má notícia é que a anestesia só podia ser na incisão, mas lá dentro do corte não, pois a anestesia é inflamável, e no processo de cauterização isso poderia acarretar um sério acidente. Ou seja, a dor lá dentro seria sentida.
“O paciente foi deitado sobre o lado esquerdo, conservando o braço direito erguido e apoiado num anteparo acima de sua cabeça, a qual ficou coberta por um pano. Foi-lhe recomendado que mantivesse imobilidade perfeita, pois a operação exigia muita precisão, e qualquer movimento poderia levar o bisturi a cortar o que não deveria ser cortado. O único movimento possível seria fechar a mão e poderia gemer, mas discretamente. Embora o corte do bisturi no músculo não fosse sentido, a penetração das duas sondas para o interior do tórax foi bastante dolorosa. O paciente conseguiu controlar-se. As dores internas – bisturi cortando e cautério queimando – foram terríveis, mas a imobilidade mantida – a que custo! Embora o médico tivesse prometido terminar em poucos instantes, o paciente sentia os minutos como se fossem séculos. Após quase uma hora, interjeições escaparam da boca do médico, que já não podia disfarçar compaixão e apreensão.”
Depois de terminada a cirurgia, a recuperação foi feita em sua residência. Hermógenes lembra-se bem de ser fevereiro, muito calor no Rio de Janeiro, e as músicas de carnaval nas ruas. Na tentativa de aliviar o calor, uma esteira de palha foi providenciada, porém a poeira foi tal que os espirros foram inevitáveis. Espirrar ampliava a dor da incisão nas intercostais, e uma gripe se instalou no mesmo dia. No outro dia, gripado, começou a perceber uma significativa diferença na altura dos ombros. Correu para o médico, que, após a radiografia, identificou: pleurisia. Explicando: pleurisia é uma inflamação das pleuras pulmonares, que pode acarretar um aumento de líquido pulmonar, derrame pulmonar, quadro este que pode ocorrer devido a uma tuberculose.
Esses dois obstáculos, a gripe e a pleurisia, levaram um mês para uma completa solução, e só aí, então, é que o tratamento de pneumotórax poderia retornar. Esta aplicação foi peculiar. A primeira agulhada foi seguida pela expressão de contrariedade do médico, que tentou outra, e mais outras vezes. O sangue fazia sua vermelha presença, e então o médico expressou-se: “Sabe por que lhe dei tantas furadas? Porque não acreditei que, a esta altura, já estivesse curado. E estámanifestados na expressão: “Vou bater o recorde de cura”. O tratamento consistia em: pneumotórax, quimioterapia, repouso e muita alimentação. Explicando melhor, o até então válido pneumotórax significa a introdução de ar no espaço pleural. A pleura é uma membrana fina que reveste os pulmões e a parede interna da caixa torácica. O pneumotórax era indicado para o nível de comprometimento que o Capitão Hermógenes atingira. O repouso necessário foi possível graças às bênçãos e amizades do Coronel Newton O’Reilly e do Major Cid Pacheco, que assumiram a responsabilidade de cuidar das turmas do Colégio Militar. Foram praticamente três anos de tratamento, em que o tempo era preenchido com leituras, relaxamentos, autoanálises,
reflexões, meditações, autossugestões, preces, vivências espirituais e também muito alimento. O repouso era seriamente vigiado. Uma das lembranças de Ana Lúcia, a filha mais velha, era tentar aproximar-se do papai para abraçá-lo ou brincar, mas sempre era impedida, pois ele precisava descansar de forma mais completa. Então, veio a notícia da necessidade de uma cirurgia para remoção de aderências que dificultavam a aplicação do pneumotórax. Cirurgia no pulmão direito, feita com duas incisões nos intercostais (músculos entre uma costela e outra), onde penetrariam duas sondas, uma para cauterizar, outra para visualizar o trabalho. A má notícia é que a anestesia só podia ser na incisão, mas lá dentro do corte não, pois a anestesia é inflamável, e no processo de cauterização isso poderia acarretar um sério acidente. Ou seja, a dor lá dentro seria sentida.
“O paciente foi deitado sobre o lado esquerdo, conservando o braço direito erguido e apoiado num anteparo acima de sua cabeça, a qual ficou coberta por um pano. Foi-lhe recomendado que mantivesse imobilidade perfeita, pois a operação exigia muita precisão, e qualquer movimento poderia levar o bisturi a cortar o que não deveria ser cortado. O único movimento possível seria fechar a mão e poderia gemer, mas discretamente. Embora o corte do bisturi no músculo não fosse sentido, a penetração das duas sondas para o interior do tórax foi bastante dolorosa. O paciente conseguiu controlar-se. As dores internas – bisturi cortando e cautério queimando – foram terríveis, mas a imobilidade mantida – a que custo! Embora o médico tivesse prometido terminar em poucos instantes, o paciente sentia os minutos como se fossem séculos. Após quase uma hora, interjeições escaparam da boca do médico, que já não podia disfarçar compaixão e apreensão.”
Depois de terminada a cirurgia, a recuperação foi feita em sua residência. Hermógenes lembra-se bem de ser fevereiro, muito calor no Rio de Janeiro, e as músicas de carnaval nas ruas. Na tentativa de aliviar o calor, uma esteira de palha foi providenciada, porém a poeira foi tal que os espirros foram inevitáveis. Espirrar ampliava a dor da incisão nas intercostais, e uma gripe se instalou no mesmo dia. No outro dia, gripado, começou a perceber uma significativa diferença na altura dos ombros. Correu para o médico, que, após a radiografia, identificou: pleurisia. Explicando: pleurisia é uma inflamação das pleuras pulmonares, que pode acarretar um aumento de líquido pulmonar, derrame pulmonar, quadro este que pode ocorrer devido a uma tuberculose.
curado mesmo!” E continuou a expressar estranheza: “Não era ainda tempo para você ficar bom. O que terá acontecido? Só encontro uma explicação possível. Foi provavelmente o líquido da pleurisia que ajudou a sarar a ferida no pulmão. Não consigo entender de outra maneira”. Este acontecimento reforçou algo que seria uma das características dos estudos e ensinamentos de Hermógenes:
Tranquilize-se em Deus. Entregue-se incondicionalmente a Deus, Deus proverá.
O acontecimento confirmava e reforçava alguns dos estudos de Hermógenes, os estudos feitos durante todo o período de convalescença, os ensinamentos da Bhagavad Gita, as orientações de Yoga de Krishna para Arjuna. Principalmente as orientações ligadas à importância da fé. Este foi o ponto de mutação da vida deste homem, que o transformou de um simples Capitão do Colégio Militar em um ser de fé.
Vitor Caruso Jr. é autor de diversos livros e comanda, em Curitiba, o Ciência Meditativa.
www.cienciameditativa.com
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Sobre Amor
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Oração ensinada pelos Uppanishads
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Yoga Mudra - símbolo do Yoga
Execução:
Em padmásana (postura da lótus), braços para trás, a mão direita segurando o punho esquerdo: (a) juntamente com a inspiração ampla, dê tensão aos braços e mantenha os pulmões alimentados e os braços em esforço; (b) simultaneamente com a expiração, vá afrouxando a tensão dos braços e fazendo a cabeça inclinar-se até o joelho direito; (c) mantenha o tronco frouxo, a cabeça pousada no joelho, o ventre recuado e os pulmões vazios.Reinicie o movimento segundo as fases (a), (b) e (c), agora para a frente do corpo.
Repita tudo para o joelho esquerdo. Depois recomece: joelho direito, frente e joelho esquerdo. Procure ritmar. Para isto, conte mentalmente a duração da primeira inspiração. A contagem que fizer deve regular a duração das outras, exceto em (c), que é o dobro.
Efeitos fisioterápicos:
Desenvolve os músculos lombares, dorsais e abdominais. Reduz a queda das vísceras. Cura prisão de ventre, graças à intensa massagem nos intestinos. Beneficia o estômago, o fígado, o baço, os intestinos, a vesícula, finalmente todos os órgãos sujeitos à degenerescência causada pelo enfraquecimento da parede abdominal. Dá elasticidade aos músculos das costas. Vitaliza a coluna vertebral. Estimula a medula. Aumenta a capacidade vital. Trabalha os alvéolos pulmonares. Contribui para cura da asma.Yoga para Nervosos, oitava edição, página 272.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Bhujangásana - Postura da Cobra
Deitado sobre a barriga, junte os pés estendidos para trás (a postura ganha mais intensidade com os pés flexionados como na foto), braços flexionados, antebraços no assoalho, junto ao corpo, palmas das mãos com os dedos ligeiramente avançados em relação à testa que está tocando o chão, pulmões vazios. Enquanto inspira, vá dobrando para trás primeiro a cabeça depois a coluna, como se fosse vértebra a vértebra. Para chegar à pose final, os braços ajudam a acentuar a flexão na região lombar, dando ao corpo aparência de uma cobra armada para dar o bote. na posicão extrema, se sua flexibilidade permitir e não lhe ocorrer problemas cervicais, procure ficar com a cabeça como se quisesse mirar o zênite.
A versão mais acessível, portanto indicada aos mais idosos e obesos, é a Postura da Esfinge (mesma execução acima, porém com os antebraços apoiados não chão, ou seja, não esticar os braços).
Deve ser evitada pelos portadores de problemas cervicais e lombares.
(Saúde na Terceira Idade, pág 309)
A versão mais acessível, portanto indicada aos mais idosos e obesos, é a Postura da Esfinge (mesma execução acima, porém com os antebraços apoiados não chão, ou seja, não esticar os braços).
Deve ser evitada pelos portadores de problemas cervicais e lombares.
(Saúde na Terceira Idade, pág 309)
domingo, 17 de janeiro de 2010
Prathanasana - Postura da Prece
Do ponto de vista físico, é uma técnica imóvel, muito simples, mas que nos faz experienciar que a estabilidade e o controle do corpo físico e de nossas emoções e pensamentos são interativos. Em Prathanasana, equilibramo-nos em pé, imóveis, com todos os músculos relaxados, conseguimos o sempre desejado, mas difícil, controle emocional. Corpo e emoções, em equilíbrio e harmonizados, produzem serenidade e quietude nos pensamentos, numa vivência psicossomática agradabilíssima e encorajadora.
Desfrutando tranquilidade e alegria interior, passe a contemplar sua tênue respiração. Apenas observe. Não interfira, contemple a entrada e a saída de ar pelas narinas (entrando, saindo, entrando, saindo...). Procure manter a mente ali, sem deixá-la vagar... Mas para isso, de forma alguma, se zangue com ela, tentando forçá-la.
O simples e passivo embevecimento com o suave e livre fluir e refluir do hálito da vida, por certo o ajudará a descartar ansiedades, turbulências, estresses, inquietudes, aflições, conflitos interiores... É um maná psicossomático. Mas ainda poderá ser melhor e mais eficaz, acrescentando a técnica do mantra OM. (Professor Hermógenes)
Do livro: Saúde na Terceira Idade
Desfrutando tranquilidade e alegria interior, passe a contemplar sua tênue respiração. Apenas observe. Não interfira, contemple a entrada e a saída de ar pelas narinas (entrando, saindo, entrando, saindo...). Procure manter a mente ali, sem deixá-la vagar... Mas para isso, de forma alguma, se zangue com ela, tentando forçá-la.
O simples e passivo embevecimento com o suave e livre fluir e refluir do hálito da vida, por certo o ajudará a descartar ansiedades, turbulências, estresses, inquietudes, aflições, conflitos interiores... É um maná psicossomático. Mas ainda poderá ser melhor e mais eficaz, acrescentando a técnica do mantra OM. (Professor Hermógenes)
Do livro: Saúde na Terceira Idade
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